sábado, 20 de agosto de 2011
Todas as vezes que eu mais desejei dizer algo foram as que eu não consegui dizer nada. Minha mente trabalhava a milhão e meu coração batia num ritmo de música descompassada. Doce, doce. Tudo o que eu conseguia ver eram seus olhos grandes, enquanto você acariciava meus cabelos. Meus olhos pesavam, mas eu sabia que se dormisse você iria embora. Mas suas mãos acariciando meus cabelos quase que de propósito me fizeram dormir, e você se foi. Com a rapidez de fechar os olhos e abrir, tão rápido como piscar. Eu sabia do teatro, fingia não saber enquanto você fingia que eu não sabia que eu sabia, mas você não se esforçava pra deixar bem claro do que era realmente. Simulacro de emoções, cá entre nós, divertido. Rosas e vinho tinto, mãos dadas, corpos colados, abraço apertado de quebrar costela. Por hoje e só, e talvez amanhã tenha mais. Abrem-se e fecham-se as cortinas. Nasci um pouco atriz pro amor, enquanto você faz seu papel, eu finjo que é tão banal pra mim quanto pra você. Atores atuando em uma peça de amor ou amantes simulando um teatro sem comprometimentos?
por :
Francine Moreira .
às
13:35
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