sábado, 3 de dezembro de 2011
Então ali na porta do centro cirúrgico minha mãe pegou na minha mão e disse a frase que eu nunca mais vou esquecer "tudo passa, nada dura para sempre". E eu sabia que ia doer. Quando o líquido da anestesia foi aplicado na borracha do soro ele me queimou a veia. Quando eu comecei a ficar lenta eu sabia que a dor seria ainda maior, mas eu aguentei firme quando acordei. Embora sentisse vontade de cuspir sangue na cara da enfermeira e sair correndo do hospital eu balancei a cabeça positivamente quando ela me perguntou se estava tudo bem. E doeu, não nego. Doeu depois principalmente. Mas aquela frase que minha mãe disse pra mim quando fui entrar me deixou com a plena convicção que passaria. E passou. Depois, muitas outras dores viram. Eu caí de bicicleta, eu coloquei piercings, fiz tatuagem, eu perdi e me decepcionei com pessoas e aquilo de "tudo passa, nada dura para sempre" é o mantra que repito quando sinto dor e fecho os olhos. Passaram muitas e muitas ainda passarão. Algumas coisas precisam causar dor, pra fortalecer talvez. Mas o que importa é que elas passam. Tudo passa, tudo acaba. Até eu, até você.
por :
Francine Moreira .
às
09:52
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