segunda-feira, 8 de setembro de 2014


Ida

Nunca vou poder te explicar. Não da forma que você merecia. Não é abandono, é ausência. E você tem direito de reclamar. De chorar. De xingar. De perder o controle e esmurrar a parede. Pareço monstruosa te enfiando na goela uma decisão que é minha. Mas se é sobre meu ser, a decisão não caberia a mais ninguém. Sinta saudade em paz. Eu vou estar sentindo também. Chore e ria e me anote coisas pra eu ler no fim de semana com você. Mentalize coisas boas pra mim. Vou estar fazendo o mesmo a distância. Preciso ir, nem que seja pra voltar depois. Não sofra, vou estar aqui. Vou continuar te amando. Volto sempre que puder. Não ouso dizer que é justo, mas é assim. Perdoe a ditadura, nunca fui muito democrática com o meu caminho. Pra finalizar, talvez você não tenha entendido (ou tenha). Mas você é meu amigo Pedro.
Lembre-se que cada um de nós é um universo e onde você vai eu também vou.
Não se esqueça.