sábado, 3 de setembro de 2011
Sempre deixei pra lá, mas hoje acordei pensando em mim de uma forma estranha, sabe. Eu penso nas pessoas, eu penso em mim. Gosto de sorvete e bebo sim. Qualquer coisa está boa ou nada está, sou extremo oposto do que fui e serei. Gosto de música, cinema, conversas longas, banhos quentes, abraços apertados, e amores.. impossíveis. Sou uma pessoa de dentro pra fora, eu amo e quando amo me entrego sem pensar, sem medo, sem jogos, sem frescura. Eu sou intensa. Eu só tento ser feliz, sabe? Feliz. Daquela felicidade que você tem vontade de dançar na rua, daquela de amar pra sempre, amar com vontade. Sou uma mistura de tudo o que acho digno no mundo, de tudo que li e assisti em filmes antigos, de pinturas que gosto. Eu me invento, re-invento e conserto. As vezes eu quebro a cara, as vezes o coração. Mas nada é eterno, tudo passa. Sou apressada, isso de tento me afoba um pouco, sabe? Mas continuo ai, expondo o que sinto, dizendo o que penso, dando a cara a tapa e a mão logo atrás pra revidar caso venha algum. Tudo pra mim tem que ser completo, embora as vezes sinto que me falta um pedaço. Não gosto de coisas pela metade, mornas. Isso é extremamente o oposto do que procuro. As vezes eu fico sozinha, me isolo e penso na vida. Penso demais as vezes eu acho. Dai rango os dentes, xingo fácil, choro compulsivamente, durmo demais. Mas hoje, eu não deixo oportunidades passarem por medo do que vão dizer sobre mim depois. Eu vivo e vivo mesmo. Não sei se essa é a melhor escolha mas certamente é a que eu quis, e quis de cabeça erguida. As vezes me acho tão insuportável que nem eu mesma me suporto, tenho ódio de mim pelas coisas que fiz ou deixei de fazer, tenho ódio do mundo porque tudo me parece absurdo demais. As vezes fico triste, carente, precisando de alguém pra me dizer o que fazer, qualquer migalha de um conselho, mas nunca adianta pois mesmo que tenha recebido muitos conselhos eu acabo fazendo o que tenho vontade. Mas afinal, sou carinhosa e tento agradar, nem sempre dá certo, quase nunca pra falar a verdade. Mas falar é tão fácil, compreender é tão complexo. Sei que isso é meio estranho, mas hoje acordei com essa coisa de "porque todos tem alguém e eu sou sozinha" ou "será que não sou digna de ser amada" ou ainda "o que é que eu não tenho que ninguém me ama" mas sei, e tenho que admitir, que deixei passar muito amor que poderia ter recebido, pois não consegui retribuir. Sei também que, como diria Caio Fernando Abreu, sou do tipo de menina que mergulha onde sei que não vou conseguir nadar. E que sempre gosto de alguém que não vai nem olhar pra mim. Ou talvez eu fale demais sobre mim, sobre meus defeitos antes das qualidades, sem mistério quem sabe. Sei que hoje acordei com a dúvida cruel do porque da solidão. Acho que me isolar não é o caminho, mas é o que mais me dá vontade, confesso. Não sei como lidar com meus dilemas, embora sempre tenha solução para os de todos, exceto com a morte (por enquanto). Preciso de uma resposta, mas não qualquer resposta, de qualquer forma acho que não é o que quero ouvir. Complicado demais, deixa pra lá.
por :
Francine Moreira .
às
11:56
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