segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tinha jurado que nunca mais morreria de amor, pelo menos que demoraria muito. Prometi pra mim mesma que não construiria castelos imaginários. Se bem que antes meu castelo imaginário era só meu, nunca quis alguém pra dividir, pra separar, pra ficar olhando dormir. Sempre fui espaçosa, sempre me espalhei pela cama toda deixando a certeza de que não havia mais espaço pra ninguém. Hoje, já não sei. Dividir é bom. Gosto da palavra 'nós' sendo sussurrada no ouvido. Gosto da troca de calor de uma pele com a outra, de deitar abraçado, de  ter alguém pra assistir desenho. Depois de 'nós', já não quero um 'eu' apenas. Um porto seguro, uma felicidade que se pode abraçar e fechar os olhos, com a certeza de que quando eu abrir ainda estará ali, transmite segurança. E dai me lembra da Fernanda Mello que diz "depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. Eu quero alguém que divida o chão comigo. Quero alguém que me traga fôlego." E sabe, é assim que me sinto. Mas não qualquer alguém, quero meu alguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário