domingo, 30 de outubro de 2011

Ainda é outubro? Pois é. Os dias tem passado longa e dolorosamente. O ano ainda é o mesmo. E tudo está uma merda. Tenho me sentido sozinha, tenho tido vontade de brigar com todos sem motivo. Aliás tenho tido vontade de não conversar com ninguém ultimamente. Tenho sido rude com pessoas que não tem culpa. Tenho feito coisas autodestrutivas. Tive até vontade de morrer, mas acho que agora estou melhor quanto a morrer. Se bem que no ponto em que andam as coisas, bem.. Tudo tem parecido tão chato e eu tenho vontade de chorar durante meu almoço, mas só consigo chorar quando vou dormir, e choro com toda força mas a vontade de chorar ainda continua quando acordo. Por mim eu deitaria e dormiria por meses, mesmo quando acordo eu não quero sair de cama. Mas mesmo assim eu levanto e sorrio sem vontade, acho que qualquer dia desses eu acredito nessa mentira toda de estar bem. Acho que qualquer dia desses tudo fica bem, tudo se resolve, para de doer. Enquanto lembro os momentos e releio conversas antigas, olhando o sorriso verdadeiro da fotografia eu engulo seco e me contenho. Chega gente. E me perguntam como estou "estou bem" sai mecanicamente. Volto pro quarto. Sei que vou estar sorrindo na janta, falando pouco, afinal não sou tão boa atriz. Mas ainda assim sorrindo, dizer que saí e jurar que estou feliz. Não tenho escrito muito sobre o que tem acontecido porque é sempre exatamente assim. Igual. Doído. Me deixando dilacerada, completamente exausta, embebida de lágrimas no escuro. "Ninguém precisa saber que você está mal" minha mãe me disse. Foi um conselho bom. As pessoas não gostam de ouvir lamúrias, principalmente as minhas de romântica incurável, que são ainda piores porque não me seguro e choro. Minha mãe disse pra eu não falar mais sobre isso, pra não chorar mais, pra não correr mais atrás e pensar nisso o mínimo possível e eu tenho tentado segui-los. Mas tem sido difícil. Sou difícil de abrir o coração assim. Da ultima vez que contei como me sentia e meus segredos pra alguém, esse alguém teve que me deixar ir, em outras palavras: se afastou. Mas como diria Caio Fernando Abreu "Talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor". As férias eu aceito, o porre eu já tive e ainda não adiantou. E o novo amor, bem. Eu ainda queria tanto o atual sabe. Mesmo depois de tudo. Mesmo assim eu queria dizer que queria continuar com aquele, mesmo que isso seja idiota e masoquista. Pelo visto eu sou mesmo muito idiota e masoquista. 

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