domingo, 2 de outubro de 2011

(...) E mesmo sabendo que ele não voltaria, mesmo sabendo que nunca mais tornaria a vê-lo a menina abriu a gaiola, passou o dedo entre suas penas e tirou o braço pra que ele percebesse que havia espaço pra sair. Então ele olhou com cara de interrogação, mas saiu apressado antes que ela mudasse de ideia. Ganhou os céus. Doeu, mas ela sabia que ali nunca seria feliz. Doeu muito, mas estava feliz por ele. A saudade antecipada já doía pelo dobro, mas não se arrependeu. Secou as lágrimas, abraçou as pernas e sussurrou para si mesma de olhos fechados "deixo livre as coisas que amo" e um sorriso brotou-lhe molhado entre as lágrimas.

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