domingo, 23 de outubro de 2011

Continua com os movimentos cotidianos. Veste um sorriso falso. Senta-se à mesa no almoço de domingo, mantem a postura. Jura mil vezes que está tudo bem, que o rosto triste é apenas cansaço, espera acreditar na própria mentira. Que está tudo bem, que vai passar rápido. Agora agradece pela dor física enquanto se contorce sem remédio, enquanto isso a distrai pra ela não pensar em mais nada, ocupada demais pra qualquer outro tipo de dor. Chora até não conseguir respirar como se quisesse gastar todas as lágrimas hoje, mesmo sabendo que é em vão. Que tudo é em vão. 

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