quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O amor não é um jogo de sorte ou azar, que dá pra prever. As pessoas não são pinos, diferentemente dos jogos, as pessoas sentem. E na verdade dá pra prever, dá na maioria das vezes. Mas quando a gente quer mesmo, a gente sempre vai em frente, mesmo que todas as previsões indiquem que você vai se despedaçar no final. Mesmo que você tenha acabado de se consertar. Mesmo que esteja finalmente melhor, se você ainda quer (e quer com muita força) você arrisca de novo. Porque acredita que dessa vez vai ser diferente, que vai quebrar a cara de quem apostou que não.  E pela mesmo que na memória estejam todas as lágrimas, os arranhões e os tombos doloridos, a lembrança daquele sorriso se sobrepõe a qualquer outra lembrança. E caminhamos sorrindo em direção ao abismo - quem pode impedir? - bem, a certeza é que podemos voar um pouquinho antes de nos quebrarmos no chão. Mas, menos dramático agora, é disso que a vida é feita. De coisas intensas. De choro com força, até inchar o rosto. E de risos que nos fazem doer a barriga, as outras memórias viram pó. E eu sou feita de coisas que duram, mesmo que não permaneçam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário