domingo, 11 de dezembro de 2011

Aquele que interpreta meus silêncios, entende meus olhares. Conhece meu humor até pelo meu jeito de pegar num copo pra beber. Sabe como é? Ainda me pego tentando explicar porque isso tem que ser tão difícil, nessa lógica falsa de que não pertencemos a ninguém. De alguma forma a gente sempre pertence. Pertence nem que seja na memória. Ele conhece meus jeitos, eu conheço o jeito dele, o modo de falar e como é que gosta de assistir seriado. Eu sei o jeito de rir, de olhar como se dissesse "você sabe que é brincadeira, para", de sorrir docemente malicioso, sei como fica quando fica com dor de garganta, sei como faz com os olhos quando está com sono, como dirige e como canta no show das bandas que ele gosta. Sei tanta coisa, que sei e nem sei porque sei porque nunca fiquei parada guardando detalhes na memória. Parece obsessão dizer assim, mas não me lembro dos detalhes de qualquer jeito. Dos detalhes dele eu sei e nem sei desde quando sei. Viu? E porque ainda tão complicado? Por quê? Quem é que vai saber?

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