domingo, 15 de janeiro de 2012

Sobre os viventes sem vida

Presenciei uma cena que há havia presenciado antes, mas dessa com um olhar muito mais crítico e frio. 
— Um bando de gente "normal" (assim eles se julgam. Eu diria "comuns") 
ENCONTRA
Um bando de gente incomum (eles diriam anormais - com modificações corporais, roupas diferentes, estilo diferente, etc.)
Uma pessoa faz uma piadinha sobre o outro grupo em voz alta. 
— Se você pensa que quem fez isso é do grupo dos incomuns, errou. Porque geralmente eles estão ocupados falando entre si próprios. Conversando normal. Porque eles estão mais interessados em curtir do que ofender pessoas. Dai um filho da puta indivíduo do grupo dos comuns faz graça, o outro ri, a outra olha rindo mas depois fica com medo e sussurra algo pro cara do lado que riu, e assim vai. Apenas um bando de gente que não tem mais o que fazer, que tem uma vida desgraçada e rotineira. Que odeia a própria vida e não sabe como mudá-la. Que tem medo do que os outros vão pensar. E reprimem os próprios desejos. Que não pensam. Que julgam antes mesmo de olhar uma segunda vez. Um bandinho de hipócritas, que absurdamente e infelizmente compõem a maioria. Que não aprenderam quando disseram que deveriam respeitar o próximo. Pelo menos uns tem o bom senso de se calar e guardar pra si. Um bando de preconceituosos. O que ensinarão para suas crianças?
Na verdade isso já está desde o começo errado. 
Não deveriam haver dois grupos. Não deveria haver distinção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário