quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Achei uma caixa velha com desenhos, cartas, textos e bilhetinhos de aproximadamente oito anos atrás e nem pareceu tanto tempo quando eu os peguei na mão. Eu li e reli e quando eu chegava na metade já sabia exatamente como terminariam. E achei uma redaçãozinha que fiz pra mim mesma no futuro. E li. E já sabia cada palavra embora só tenha visto aquele papel quando o escrevi e agora que o li.  Eu, que não lembro nem do que comi ontem me lembrei de coisas que contava pra mim mesma, que havia escrito a anos. E agora, concluo que o que eu mesma quis dizer pra mim era um sincero pedido de desculpas por tudo. Pela teimosia, tagarelice e extrema fé na mudança das pessoas. Pedi desculpas pela minha capacidade de achar que todos tem um lado bom. Pedi desculpas pelas paixões frustradas que ia ter - e tive mesmo. E depois de tanta rasgação de seda desnecessária já que eu sou íntima de mim mesma, o que restou ecoando da minha cartinha direto do passado foi basicamente: "viu como você não mudou nada?"

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