domingo, 8 de abril de 2012

Chove. E embora esse cenário cinza e molhado pra mim sempre foi a imagem que eu tinha de um dia melancólico, hoje representa a calmaria que eu precisava. Respirando o ar fresco e delicioso que entra pela janela, tento organizar os pensamentos. Foi tudo muito rápido, totalmente inesperado embora deliciosamente calmo e relaxante. Então, as cicatrizes e os medos sumiram antes que eu pudesse notá-los. E, a um certo ponto, não havia como fingir que eu não tinha notado que tudo estava incrivelmente perfeito, sólido, tão sólido que se podia pegar com as mãos. 
Sabe, é meio complicado explicar. Mas cheguei a um ponto que precisava mesmo ficar sozinha, fechar as janelas. E eu fechei. Eu precisava de tempo, eu precisava de mudança, eu precisava desabafar em longas conversas maduras, o que não havia. E eu queria mesmo degustar a minha solidão reflexiva. Mas dai aparece um sorriso que me faz mudar de ideia, um sorriso que eu já tinha visto muitas vezes, e confesso que há muito, muito tempo eu já havia ousado desejá-lo, mas por um bocado de acontecimentos nunca tinha nem cogitado essa hipótese. Mas cá estou, olhando pra chuva e escrevendo em um blog, sorrindo bobamente pra tela e observando fotos, aqui estou eu, com o coração batendo rápido, cantarolando qualquer canção que fale de amor, aqui estou, degustando a felicidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário