terça-feira, 31 de julho de 2012

Não devia ser assim, não é? Não deveríamos nos decepcionar tanto com tudo. As máscaras se tornaram a última moda da estação e as pessoas se tornaram adoradores fanáticos do próprio umbigo. Sabe o que importa? Conveniências. Enquanto convém é amigo. Apenas enquanto convém. Todo mundo tá disponível pra dividir bebida e cigarros, mas quem quer dividir problemas? Ninguém. No máximo um conselho aqui, que também tá custando caro, viu? Tá custando o preço de saber que aquilo que te dói ou aflige será usado contra você e jogado na tua cara mais cedo ou mais tarde. Todo mundo quer ser amigo de todo mundo e ao mesmo tempo ninguém é amigo de ninguém, sabe? É só casca, só status, só mimimi fajuto. Pensei nos amigos que tive durante minha infância e adolescência. Lembrei das vezes em que precisei de alguns deles, das decepções, das saudades. Tantos que chamei de irmãos de hoje nem sei onde estão. Outros  sumiram quando eu realmente precisava deles. Do que mais sinto falta é daquilo que havia. Aquela coisa de confiar nas pessoas cegamente e saber que elas confiam em você também. Aquela coisa de comprar as brigas, se botar na frente. De sair de casa na chuva, se meter em enrascadas e rir depois, nesse momento me lembrei de uma minoria preciosa. Dos que permaneceram. Dos que se mantêm verdadeiros independente do tempo que passe e das coisas que aconteçam. Depois de lembrar dos reais sorri de olhos fechados e pensei que azar é de quem não sabe o que é ter amigos de verdade e principalmente ser um amigo. Amigos são irmãos que não tem o mesmo sangue que o nosso.

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