sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Achei que fosse ódio o que eu tinha mas hoje eu notei que não era. Achei uma foto perdida aqui e olhei e ri. Antes eu falaria qualquer palavrão mas eu ri antes de apagar a bendita foto. Não acabou com o meu dia e não me fez perder meu bom humor. E eu tinha tanta certeza de que era ódio, não era não.. Se fosse eu sentiria alguma coisa. Mas eu não sentia nada. Não senti nem uma pontinha de ódio. Foi só uma pontinha de desprezo mas a gente faz uma forcinha pra desprezar alguém, tem uma raiva por trás disso e eu não tinha nada. Eu mal sentia alguma coisa. Acabou que percebi que tudo se tornou insignificante demais pra ser considerado alguma coisa até. 
Me lembrei que na pré adolescência eu gostei muito de um cara e chorei muito quando ele me fez de idiota. Hoje se alguém me dissesse o nome dele eu demoraria uns segundos até me lembrar direito de que fosse deste indivíduo, mas naquela época eu sofri. Depois de uns anos eu encontrei ele na rua e ele foi atrás de mim e me parou na esquina, me pediu desculpas, disse o quanto eu tinha crescido (creio que se referiu aos meus peitos, mas não tenho certeza) e perguntou se tinha uma nova chance.. Eu caí na risada na frente dele. Não, ele não tinha. E eu nem sabia como ele tinha tido a primeira. 
Depois vieram outros e as histórias foram todas parecidas. Até que cheguei no babaca mais recente. Hoje, quando vi a bendita foto eu notei que pensei nele e nos outros como se fossem o mesmo até. Sabe aquela sensação de olhar pra você mesmo numa foto com um vestido amarelo gema de listras roxas e sapato verde limão e pensar: Mas que porra eu estava pensando? É assim, exatamente assim. 

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