sábado, 7 de fevereiro de 2015

Sou drogada. Sou a imensidão da insanidade. Sou o silêncio solitário profundo. E a cabeça estourando idéias como fogos de artifício. Neurônios. Não socializo muito bem, me sinto patética aos olhos que me vêem. As vezes sinto um toque da hostilidade no carinho alheio e sinto medo de ser eu a hostil. Tudo, tudo poderia ser simples se eu apenas esquecesse. Mas eu não esqueço. Eu vejo os sinais que sinto que vou receber e lá estão: faz sentido. O que é o sentido? Será que vem de sentir? Eu sinto. Pressinto. Me sinto. E tudo mais o que tem pra ser sentido. Ou sou um vegetal? Aqui eu pareço ser. Ou é apenas como me sinto perante ao mundo hoje. As vezes são coisas tão ridiculamente bobas que eu me envergonho e tentar segui-las. Mas as portas existem. A gente vai curtindo o labirinto e aprendendo. Eu me distraio e esqueço. De mim, daqui, da realidade ou pensamento. As vezes eu sinto como se tudo fosse simplesmente poder ser explicado. Não tento. Será que eu tenho medo de parecer ridícula como das outras vezes. Lunática. O silêncio me corrói dentro da testa. Eu nunca sei o que dizer pra mim mesma. Achei Chico Buarque na livraria da escola. Estorvo. Detestei o livro na época. Hoje entendo exatamente como é entrar num buraco de minhoca e permanecer ali sem achar a porta, sem saída. Hoje sou Estorvo. Todos pararam e eu continuei cavando e subindo e sumindo. Preciso achar um rumo e viver. Preciso ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário