segunda-feira, 19 de setembro de 2011

É como se houvesse um vidro ao redor que mesmo que se estivesse perto, ainda a deixaria longe. Ninguém entende, ninguém sabe, ninguém percebe, ninguém se importa realmente. Talvez nem ela mesma. Talvez tenha se acostumado com a indiferença mútua durante dias a fio. Apenas mais um coração invisível que espera por algo que não vai acontecer, caminhando no meio de tantos outros pela mesma situação. Fica o silêncio. Engole seco. Respira fundo. Levanta a cabeça. Sorri sem vontade, mas sorri. Aprendeu que mentir sobre felicidade mesmo que pra si mesma é um bom caminho, acaba-se acreditando. Isso não significa muito. Sonha em quebrar a redoma de vidro, tem as armas na mão mas observa o próprio reflexo e observa o que há ao redor da redoma. Estremece. Melhor ficar aqui. Meu coração assim como a tal redoma é de vidro.

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